No universo da limpeza doméstica, a Portugal mantém-se fiel aos seus clássicos com uma devoção única. Enquanto a tecnologia avança e novas ferramentas surgem no mercado, um ícone persiste com força numinosa nos lares espanhóis: o esfregão. Um estudo global recente sobre hábitos de limpeza com água revela uma realidade surpreendente: se no mundo apenas 52% das pessoas utilizam este utensílio tradicional, em Portugal o número dispara para uns impressionantes 82%. Somos, de longe, os campeões europeus do esfregão, seguidos à distância pelos italianos (66%) e turcos (64%).
Esta preferência pela esfregona não é um ato esporádico. Os dados mostram uma rotina quase ritual. Metade da população portugal empunha o balde e o cabo mais de duas vezes por semana, e uns notáveis 25% ultrapassam os quatro dias por semana. Para quase duas em cada dez pessoas (14%), esfregar tornou-se mesmo uma tarefa diária. O tempo investido também não é menor: mais de metade dos utilizadores (53%) dedica mais de 20 minutos a esta tarefa específica, sublinhando o peso que ainda tem nas nossas vidas quotidianas.
A higiene como motor do bem-estar
Mas o que impulsiona esta lealdade férrea ao esfregão? Para além do mero hábito, a principal motivação é profunda: sentir-se bem em casa. A higiene é o motor para 68% dos portugal. Se somarmos aqueles cujo objetivo é eliminar manchas, pó, sujidade ou resíduos específicos, a percentagem sobe para uns impressionantes 86%. Queremos pisos impecáveis. Outras razões importantes incluem melhorar a aparência da casa (27%), eliminar odores desagradáveis (26%) e, um detalhe revelador do conforto procurado, a tranquilidade de poder andar descalço sem preocupações (19%). Preparar a casa para visitas (10%) ou proteger o próprio chão (14%) também figuram na lista de motivações. A ciência corrobora a necessidade de esfregar: «No caso de manchas resistentes e secas, o líquido é essencial para “rehidratá-las” e facilitar a sua remoção», confirma Matthew Lee, investigador científico da Dyson, a empresa responsável pelo estudo.
Contradição desconcertante
No entanto, aqui surge o grande paradoxo espanhol. Apesar de a higiene ser o objetivo primordial, a prática revela uma contradição desconcertante. 54% dos portugal admitem reutilizar a água da esfregadela. Destes, 42% só a trocam quando a vêem visivelmente suja e uns alarmantes 12% confessam não a trocar de todo durante o processo. Apenas 42% seguem a prática mais higiénica de renovar a água após limpar cada divisão. Esta discrepância entre a intenção higiénica e a realidade do balde com água turva põe em causa a eficácia real da limpeza. Ketan Patel, diretor de design da Dyson, aponta o problema: «No caso das ferramentas tradicionais, o problema é geralmente a película de sujidade invisível que fica após a limpeza. Isto acontece quando são utilizadas com água suja».
Além disso, a experiência de esfregar está longe de ser idílica. É vista como uma tarefa pesada. Mais de seis em cada dez espanhóis (62%) sentem a necessidade de aspirar, varrer ou escovar antes de pegar no esfregão, uma vez que este muitas vezes tem dificuldade em recolher resíduos sólidos ou de maior dimensão. Este «duplo trabalho» contribui para que a limpeza doméstica média em Portugal se prolongue por uns consideráveis 130 minutos, mais de duas horas.
As frustrações não ficam por aqui. Para 21% é uma tarefa fisicamente exaustiva, 17% considera que consome demasiado tempo e 19% lamenta a dificuldade em alcançar zonas complicadas. O tempo de secagem (um problema para 20%), o risco de escorregar (18%), o aparecimento de riscos no chão (11%), o uso desconfortável das ferramentas (13%) ou o medo de danificar superfícies delicadas (12%) completam um quadro de inconvenientes que, surpreendentemente, não destronou o esfregão.
Soluções mais higiénicas
Este panorama, com a sua mistura de devoção, contradições e frustrações, desenha um cenário onde a tradição coexiste com uma clara necessidade de melhoria. A busca por soluções mais higiénicas, eficientes e confortáveis é evidente. A indústria tecnológica, com a Dyson à frente, consciente dessas lacunas, já trabalha em inovações que combinam limpeza húmida e seca, sistemas de separação de água suja e limpa e designs ergonómicos para abordar diretamente as reclamações dos utilizadores, buscando finalmente oferecer aquele brilho higiénico desejado sem os paradoxos do método tradicional.
Tendo em mente as lacunas e dificuldades, a Dyson, dedicada à tecnologia de eletrodomésticos de alta gama, concebeu o WashG1TM, capaz de esfregar e aspirar, eliminando tanto o pó como a sujidade. Trata-se de uma esfregona que elimina odores e bactérias. Utiliza uma combinação de tecnologias de hidratação, agitação e separação, tanto para recolher como para separar os resíduos húmidos e secos, incluindo os pêlos. A máquina elimina as manchas com menos 30% de passagens e permite que os pisos sequem 80% mais rápido do que com uma esfregona tradicional.