Trata-se de uma espécie de leão-marinho-fino-austral que foi observado por turistas que visitavam o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. Um leão-marinho juvenil foi encontrado vivo no meio da estepe do Parque Nacional Torres del Paine, a quase 50 quilómetros da costa, num evento que gerou o interesse imediato de biólogos e autoridades chilenas.
O exemplar, da espécie lobo-marinho-fino-austral (Arctophoca australis), foi observado por turistas enquanto descansava na trilha Carretas, na Pampa del Serrano, uma área dominada por vegetação baixa e habitualmente povoada por guanacos, condores e pumas. A sua presença alterou a tranquilidade do percurso e levou a uma rápida intervenção dos técnicos do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura (Sernapesca).
O animal, que apresentava um aspecto saudável e nenhum sinal de ferimentos ou alterações visíveis, foi assistido por pessoal autorizado e levado para o litoral, onde regressou ao oceano sem dificuldade, nadando para o mar depois de ser libertado numa zona próxima de Puerto Natales.
Rota fluvial e comportamento natural
As primeiras hipóteses científicas apontam para uma possível incursão do animal através do canal Señoret, conectado ao oceano e alimentado pelo rio Serrano. Este, por sua vez, recebe águas do rio Grey, cujo leito penetra no parque. Segundo o Sernapesca, esta via fluvial poderia ter permitido ao leão-marinho entrar no interior seguindo peixes ou aproveitando a corrente.
Embora o exemplar não apresentasse sinais de desorientação, o seu resgate preventivo foi complicado, pois o animal tentava afastar-se das pessoas. Mesmo assim, os envolvidos preferiram insistir, uma vez que a sua permanência em terra firme poderia representar riscos de predação ou interferência humana.
A 50 kilómetros del mar ¿Cómo logró llegar un lobo marino hasta el Parque Nacional Torres del Paine?https://t.co/CuC8KDXdiA
— BioBioChile (@biobio) May 9, 2025
As autoridades ambientais consideram que o ocorrido pode ser um aviso mais grave. Por exemplo, de transformações ecológicas na zona, que estão a afetar o comportamento da fauna. Também não se descarta que as alterações climáticas estejam a influenciar os deslocamentos e hábitos de diversas espécies.
