Luxemburgo lançou no mês de abril passado uma nova edição da Duck Race, na qual foram lançados 20.000 patos de borracha ao rio. Os eventos desportivos beneficentes são muito comuns e bem-sucedidos. De noites de boxe a jogos de futebol profissional, muitas organizações e celebridades realizam atividades para arrecadar fundos destinados a ajudar diferentes ONGs e instituições. No entanto, se pensarmos numa corrida beneficente, nunca pensaríamos na inclusão de patos como participantes.
Exceto no Luxemburgo. O pequeno país celebrou no passado dia 26 de abril de 2025 a vigésima quarta edição da Duck Race, uma corrida pelo rio Alzette, na cidade do Luxemburgo, em que os atletas são nada mais nada menos do que 20 000 patos de borracha, segundo o meio de comunicação italiano GreenMe.
O tradicional evento, que contou com a presença do vice-primeiro-ministro Xavier Bettel e da presidente da Câmara Lydie Polfer, tem como objetivo angariar fundos para várias organizações de caridade, como Farmacéuticos Sin Fronteras, Ayuda a Benín, Study-Help ASBL e Asha 4 Children.
Com uma contribuição de 5 euros, os espectadores têm a oportunidade de apadrinhar um pato e ganhar vários prémios diferentes, entre os quais um carro Volkswagen Polo totalmente novo, uma cozinha ao ar livre no valor de 6.500 euros e até uma bicicleta elétrica Cannondale, com um custo estimado de 2.700 euros.
Impacto ambiental
Apesar de parecer um evento inocente, muitas associações e indivíduos mostraram-se profundamente preocupados com o impacto ambiental da corrida.
A libertação de toneladas de plástico no rio Alzette pode deteriorar a água aos poucos e, segundo alguns críticos, transmitir uma mensagem errada sobre o respeito pelo meio ambiente e a importância da reciclagem.
A Eldoradio, organização responsável pelo evento, defendeu-se garantindo que a corrida tem emissões de carbono neutras por participar num projeto de compensação de emissões. Por outro lado, sustenta que a Duck Race faz parte da iniciativa «AntiGaspi», que luta contra o desperdício alimentar.
