No mundo marinho, onde a biodiversidade é imensa e ainda há muitas espécies por descobrir ou compreender totalmente, existem casos curiosos de hÃbridos que ocorrem naturalmente ou em cativeiro. Um dos mais surpreendentes é o que ocorre entre duas espécies muito conhecidas: o golfinho e a falsa orca. O resultado dessa união é um animal conhecido como wholphin.
O wholphin é um hÃbrido entre umgolfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus) e umafalsa orca (Pseudorca crassidens) que, apesar do nome, também pertence à famÃlia dos delfinÃdeos. Este animal partilha caracterÃsticas fÃsicas e genéticas de ambas as espécies, embora à primeira vista possa parecer mais próximo do golfinho. A sua coloração é geralmente cinza escura e o seu tamanho é maior do que o de um golfinho comum, mas menor do que uma falsa orca.
Este hÃbrido não é uma invenção de laboratório, mas ocorreu naturalmente, embora seja muito raro. O primeiro caso documentado ocorreu em 1985, no parque marinho Sea Life Park, no HavaÃ, onde uma fêmea de golfinho-nariz-de-garrafa e um macho de falsa orca acasalaram e deram origem a uma cria que sobreviveu e cresceu normalmente. Desde então, foram registados alguns outros casos, embora continuem a ser muito raros.
A nÃvel genético, ambas as espécies têm 44 cromossomas, o que facilita a possibilidade de um cruzamento viável. O resultado é um animal fértil, que até teve descendência, o que o torna ainda mais invulgar no mundo dos hÃbridos, que em muitos casos são estéreis.
O wholphin é um exemplo fascinante de como a natureza pode surpreender até mesmo os especialistas. A sua existência não só desperta a curiosidade do público em geral, mas também levanta questões sobre a conservação das espécies, a genética e os limites entre o natural e o extraordinário no reino animal.
Embora seja improvável ver um na natureza, os wholphins tornaram-se uma raridade que chama a atenção de biólogos marinhos e amantes dos animais. Atualmente, estima-se que existam menos de 10 conhecidos. A maioria está em cativeiro. É importante ter em mente que não há evidências concretas nem estudos suficientes para estabelecer um número médio.