O peixe cabeça de cobra, também conhecido como Channa Amphibeus, é uma espécie asiática conhecida por ser capaz de sobreviver vários dias fora da água e de se deslocar por terra e, embora se acreditasse extinto nos rios da Índia, 87 anos depois foi redescoberto no rio Chel, em Kalimpog, Bengala do Norte.
Acredita-se que a espécie, que pode medir entre 80 e 100 centímetros de comprimento, servia de alimento para as comunidades indígenas da região. Na verdade, foi graças a esses grupos que foi possível chegar ao local onde esses peixes vivem.
«Esta descoberta sublinha a importância da exploração contínua e da resiliência da biodiversidade, mesmo em espécies que se consideravam perdidas para sempre», destaca Tehas Thackerey, fundador da Fundação Thackerey.
A última vez que esta espécie foi avistada, antes da descoberta dos investigadores indianos, ocorreu entre 1918 e 1933, e embora se acreditasse que estivesse extinta, oito décadas depois reapareceu, chegando a encontrar até três espécies vivas nas margens do rio Chel.
É importante destacar que o Serviço Geológico dos Estados Unidos classificou o peixe como espécie nociva e até proibiu o seu transporte, compra ou libertação, embora a sua captura e consumo sejam permitidos.